terça-feira, 16 de abril de 2013

Divórcio


Nos finais do século XX , anos 70 os psicólogos começaram a preocupar-se com o divórcio, sobretudo com as consequências que afetavam os filhos.

Maurey (1977) refere que o casal "nasceu mal", a propósito do primeiro casal referido na Bíblia – Adão e Eva. Na realidade muitos casais nascem mal e continuam mal, acabando por se desfazer. A pouco e pouco tudo parecia correr bem, mas quase impercetivelmente instala-se a desilusão, o fracasso, a infelicidade, o divórcio.

O processo que culmina, muitas vezes, no divórcio, passa segundo Lee (1984) por diversos estádios, desde a descoberta do problema, à sua exposição ao parceiro, a algum tipo de resolução ou então, à cisão mais ou menos a curto ou a longo prazo. Quando chegam a este ponto parece que os cônjuges andaram sempre em vias paralelas e não convergentes. Acusam-se mutuamente, mas no fundo são ambos responsáveis e vitimas, embora em graus diferentes, conforme cada caso. A dor e as consequências sentidas pela separação dependem de muitos fatores, principalmente se o passado foi amoroso ou frio, pois no caso de uma boa relação os custos são maiores.

O processo por que se chega à desilusão ou deceção pode ser diversificado, mas tem etapas mais ou menos detetáveis como: a incompreensão, a acusação mútua, a humilhação, as expectativas frustradas, a desarmonia sexual, o aborrecimento, o egocentrismo, o silêncio, a desigualdade no modo de pensar e de viver, a agressividade verbal ou mesmo física.

Existem formas mais ou menos ativas e construtivas de abordar o problema como verbalizar a situação, manifestar capacidade de diálogo e de lealdade de um pelo outro. Há formas passivas ou destrutivas como o deixar fluir negligente ou romper totalmente.



Consequências dos Conflitos e do Divórcio


Cummings e Davies (1994) analisam o impacto que os conflitos conjugais podem ter, a curto ou a longo prazo, para o desenvolvimento integral dos filhos, sendo frequentemente geradores das mais diversas expressões patológicas que se podem prolongar pela vida fora e afetar também a constituição futura duma nova família.

Apesar de ser diversificado o impacto dos conflitos parentais sobre os filhos, eles causam sempre perturbações quer a nível de personalidade, quer de educação. Isto porque a qualidade e felicidade dos pais, dependentes da relação conjugal, reflete-se forçosamente na qualidade da educação em geral.

Os conflitos devem ser geridos de forma a proteger o mais possível os filhos de modo a promover o seu bem-estar.





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