Comportamento Assertivo-
O comportamento assertivo pode ser definido como aquele que envolve a expressão direta, pela
pessoa, das suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões sem que, ao fazê-lo, ela
sinta ansiedade indevida ou excessiva, e sem ser hostil para o interlocutor. É, por outras
palavras, aquele que permite defender os próprios direitos sem violar os direitos dos outros.
Exemplos
Autoafirmação
- Capacidade de defender direitos legítimos
- Capacidade de expressar opiniões pessoais
- Capacidade de fazer e recusar pedidos.
Expressar sentimentos positivos
- Capacidade de fazer e receber elogios
- Capacidade de expressar afetos positivos
- Capacidade de iniciar e manter conversas.
Expressar sentimentos negativos
- Capacidade de expressar afetos negativos legítimos.
A assertividade varia conforme as pessoas e as situações
Um aspeto que é importante ter em conta é que NINGUÉM é 100% assertivo com todas as pessoas
e em todas as situações. Para cada pessoa, a facilidade que tem em comportar-se de forma assertiva
depende muito da pessoa a quem esse comportamento se dirige (pais, professores, amigos,
namorado/a, crianças, etc.) e da situação em que se encontra (autoafirmação, expressão de
sentimentos positivos, expressão de sentimentos negativos, etc.). Quando muito, pode-se dizer que a
pessoa assertiva é capaz de se comportar com assertividade com muitas pessoas e em muitas
situações.
COMO POSSO COMPORTAR-ME DE FORMA MAIS ASSERTIVA ?
Conhecimento dos próprios direitos:
A primeira mudança é interna, e passa por adquirir conhecimento dos direitos que te assistem (e,
igualmente, a cada uma das pessoas que te rodeiam).
Tem também em conta algumas coisas que podes estar a dizer a ti próprio, e que podem estar a
tornar difícil comportares-te de forma assertiva.
Aptidões Assertivas
O passo seguinte é o de defender os teus direitos de uma forma que seja eficaz. Isto requer a
aquisição e treino de um conjunto de aptidões.
O conteúdo verbal da mensagem :
Ser claro, conciso e específico;
Usar frases na primeira pessoa,
Criar empatia;
Respeitar os outros;
Pedir mudança de comportamento;
Ofereceres-te para mudar.
O Comportamento Não – Verbal
Cerca de 70% daquilo que o recetor percebe da mensagem é fornecido através do comportamento
não verbal do emissor – a linguagem corporal adequada confirma e sublinha o que se diz, pelo que
deve ser concordante com o conteúdo da mensagem. Inclui aspetos como:
Espaço pessoal
Distância entre as pessoas que seja confortável para ti e para o outro, o que
depende da situação e do grau de familiaridade. Se sentes que a altura do outro te
coloca em desvantagem, sugere que ambos se sentem para falar.
Postura corporal
Estável e descontraída – direita mas não rígida ou «pendurada»
Gestos Expressivos mas não excessivos,
Evita os gestos descontraídos como tamborilar e roer as unhas, e os gestos que perturbam a comunicação, como colocar a mão à frente da boca ou cruzar os braços.
Expressão facial
Concordante com aquilo que estás a dizer e, particularmente, com os sentimentos que estás a expressar – se estás zangado, mostra-te zangado, se estás feliz, sorri.
Contacto visual
Direto mas não excessivo – evita fugir ao contacto visual, mas não fiques a olhar fixamente, com um ar «embasbacado» ou hostil, para o outro.
Utilização da voz
Discurso seguro e fluente, num ritmo adequado e estável e num tom suficientemente alto para ser percetível mas não tão alto que se torne irritante. Entoação consistente com o conteúdo verbal. Procura responder à outra pessoa com rapidez, mas não demasiada, ou seja, sem hesitar durante muito tempo mas também sem a atropelar. Faz silêncios quando for adequado ou enquanto pensas no que vais dizer, e não preenchas as pausas com não-palavras como «hãããã», «pronto» (ou «prontos»), «tás a ver», etc.
Uma nota final
A assertividade não garante a não ocorrência de conflitos entre duas pessoas; o que acontece é que, se duas pessoas em desacordo comunicam de forma assertiva, é mais provável que reconheçam que existe um desacordo e tentem chegar a um compromisso ou, simplesmente, decidam manter a sua posição respeitando a do outro. Em todo o caso, só tu és responsável pelo teu próprio comportamento – se a outra parte do conflito decidir comportar-se de forma não assertiva, o problema é dela.
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